04 fevereiro 2010

Razão

Cinco anos de Engenharia.
E de engenheiro... Só tenho meu Pai.
Triste?
Não.
Triste deve ser viver uma vida mentirosa.
Nunca aprendi a não gostar dos números, 
Apenas fingi por um tempo que aquilo me elevava a algum patamar.
Então de engenheiro passo a ser poeta,
Se é que posso me chamar assim.
Não sei se existe uma prova para tal título (Doutor em poesia?), mas talvez se existisse, 
Muitos nomes famosos por terem mudado sua visão reta sobre o Mundo,
Teriam sido apenas nomes pretensiosos.
Fernando.
Será mesmo que todos que se atreveram por esses lados sabiam o que estavam fazendo?
Eu mesmo comecei me explicando sobre minha formação
(Não que sinta que deva alguma coisa à alguém, a não ser o Mundo, à mim mesmo),
Acabei de comer uma maçã,
E agora questiono a existência de poesias vomitadas como essa.
Adequado. Não é?
Talvez sim, Talvez Não.
Mas assim como vômito após uma noite de orgias alcoólicas,
Esse texto aflora de mim como uma coisa quase normal,
Me trazendo à tona novamente.
Me tirando do fundo de algum lugar.
Acredito que escrevo, e por isso, escrevo.
Difícil é ver razão.
Não me lembro de ter escutado isso.
Isso me torna um criador?
É minha frase. Inédita?
Talvez sim, Talvez não.
Roubo inconscientemente o Mundo em que vivo.
Recrio e faço você pensar.
Afinal,
Qual é a razão da poesia?
Você sabe?
Ou acha que sabe?
A razão está em nós. Mas é realmente difícil vê-la.
Entendê-la então... nem imaginas.
Entendo você.
Não sua razão.
Porque se atreve então a tentar me interpretar?
Tente.
Mas nunca ache que sabe.
Estará errado já no princípio.
Quem acha, não sabe.
Mas eu sei.
Minha razão é você.
Você, bacia.
Meu depósito pessoal.
À você, Obrigado.