25 novembro 2010

Não Há Como Dizer

Não há como dizer sem que já o tenha dito melhor
Não há como sentir mais do que sentiu quando disseste
E não há como não se achar impotente perante sua cidade de tinta.
Venero-te, pois nem há como não venerar-te
Tu já se fizeste explicar antes mesmo de eu perguntar
Sim, é verdade que quando escrevo me sinto novo, renovado...
Mas também me sinto quase original
O quase é culpa sua.
Porque usaste minha própria alma antes de mim?
Pois em mim ela já veio estupefata.
Vejo coisas que nunca olhei e sinto coisas que nunca chorei
Estranho...
Parece-me só de você para mim, 
Mas nunca de mim para você.
Se podia olhar o futuro...
Não consigo nem prever o passado!
Tudo bem.
Só queria desabafar, 
Mas tu já devias saber, certo?
Me sinto copiado no presente e no passado,
Não sei como me conhecia, mas espero é que tenha me ensinado!
Senão, não saberia...
Obrigado!
Carrego o seu legado.