21 março 2014

Compasso

Quando não consigo explicar o que sinto e passo
Talvez tenha achado meu melhor compasso
Pois tudo neste mudo que presta e é bom
Não pode ser explicado, entendido ou comprado

Não há o que pensar.
Não há como negar.

17 março 2014

E a Vida Continua

Sentado em meu quarto.
Olho em volta lentamente […] 
Cada vez mais lentamente.
Deve ser o peso da idade. A idade. Meu conforto e desespero.
As roupas jogadas com pensamentos que tento encaixotar mas nunca consigo.
Ao som de avenidas me questino constantemente sobre a vida, assim como faço desde que me conheço por gente.
Continuo querendo ser o que não sou, querendo derrotar meus inimigos e às vezes invejando-os tão profundamente que me pergunto se não sou um deles vivendo no corpo errado.
Continuo sendo uma pessoa aqui, e outra na vida real.
Continuo com medo da morte, embora não pense mais sobre isso devido ao grande medo da vida que se apoderou de mim.

As pessoas continuam em seus empregos e em suas vidas.
Os namoros continuam começando e terminando como uma valsa sem fim, orquestrada por um coreógrafo tão ruim quanto um mero aprendiz. Um coreógrafo que me faz gargalhar e chorar ao mesmo tempo.

E a vida continua sendo tão miseravelmente hipócrita e irônica.
E a vida continua sendo tão incrivelmente real e assustadora.


E eu continuo olhando…