30 março 2012

Criatividade


Experiência nunca sustentará a felicidade de um homem.

23 março 2012

Pela Praça


Agora,
Em meu solene corpo há um pedaço de ti.
Pedaço que desconheces por ser somente meu.
Pedaço que nunca sequer chegou a te pertencer.
Na hora, 
Sou definido pelas forças que vêem de ti.
Sou enraizado por aquilo que tu és, e sempre foi para mim.
Mas enquanto isso ...
Você passa,
Pela praça.
Sem nem mesmo me conhecer.

16 março 2012

Vem


Se é chuva, chove.
Se é vento, sopra.
Se é perto, irei.
Se é longe, também.
Se é banal, saia.
Se é raro, tem.
Se é fácil, escapa.
Se é difícil, amém.
Se é agora, vem.
Se é eterno, talvez.
Se veio para ficar, fica
Se é sonho, é vida.

15 março 2012

Mesa


A maior prova de que uma carreira de trabalho não é tudo, é o Mundo não ser uma mesa.

14 março 2012

Com Você


Com você aprendi.
Aprendi o real valor da palavra intimidade.
Aprendi a dormir com a janela aberta.
Aprendi a te usar de cobertor.
Aprendi que não se medem erros, eles não tem tamanho.
Aprendi a me virar e me encaixar no seu tamanho.
Aprendi também que decepção não se refere aos outros, mas sim à você mesmo.
Julgamento? Sim, também aprendi me torcendo, corroendo, e derretendo.
Com você aprendi a calçar meu próprio número,
À me expor sem pensar demais.
Aprendi a errar por amor. Aprendi a exagerar demais.
Com você, aprendi a me aprender, mas também, que aprender não basta.
Aprendi que a mudança está no amor.
E que ele é a única via da Revolução.
Com você aprendi a separar, bagunçar, lambuzar.
Ser criança para amar.
Marcar a página sem mostrar.
Ir do inferno ao céu, para achar o meu lugar.
Com você.
Gastei mais do que podia.
Ri como num filme, e ser um, bem que poderia.
Com você aprendi que o silêncio também é belo,
Que o Sol é amarelo,
E que eu nasci para amar.
Com você eu sorri,
Com você eu sai,
Olhei a porta, atravessei e vivi.

01 março 2012

Que Belas Florestas


Por que sim. Minhas introduções parecem finais.
E gostaria muito de contar que passei a tarde inteira à sonhar e cuidar de mim.
Egoísta mesmo assim.
Pensei em todos os meus tortos textos e sem valor, cantados e regados com todo meu pudor. Pudor demais!
O contrário da selva.
Mas oh! Que belas florestas! E são tantas delas que já nem posso explicar.
Tropeçando em memórias perdidas, ilusões engolidas e finais sem idade.
Em mim verá de tudo, exceto igualdade.
Pois sou muito por impulso e mais ainda por frieza.
Aberração da natureza. 
Filho perfeito de minha mãe.
Se fumo descontente sinto de toda, a dor, dessa gente. Que tanto sangra. Que tanto sua.
Eu sinto até, saudades da minha rua.
Onde corria assustado, dormia acordado e jogava bola no telhado.
Com um olho cerrado e meu deus escondido. 
Quando eu precisei, onde estava o lorde mito?
E é verdade não minto, que jamais não me senti assim.
Então se é mania ou escola,
Genial ou coca-cola,
Sinto que nunca irei saber.
Mas se um dia entrarem aqui dentro e avistarem um louco correndo, lendo.
Gritem ou chamem por mim.