E bem aqui, no meio do mundo do nada, faço de tudo para sentir tudo o que foi, não foi e gostaria.
Gostaria que tudo tivesse sido o que foi. Mas lamento ter sido também.
Lamento e lamento tentando me achar. Tentando achar algo. Tentando, tentando.
Afundo, afundando, ainda buscando encontrar.
Pois no fundo do mar de lamentos, ainda acredito encontrar.
Esqueço, volto, fujo, e até que consigo gritar. Mas no meio do mar de lamentos começa a me faltar o ar.
Não há o mar dos avessos e nem o avesso do mar.
Não existe coisa nenhuma.
O que existe é a vontade de existir.
Mas a vontade não me é amiga. Nem inimiga talvez.
Mas a vontade não me é amiga. Nem inimiga talvez.
O que há de se fazer então?
Nem os Deuses saberão, mas está e estava na hora.
Nem os Deuses saberão, mas está e estava na hora.
Na hora de perder ou criar vergonha.
Nem na cara, nem na coroa.
Nem na cara, nem na coroa.
A vergonha de não ter vergonha.
A vergonha de saber da alma.
Bom ou ruim decido agora.
Ruim é quase indo.
E bom é estar de volta.
A vergonha de saber da alma.
Bom ou ruim decido agora.
Ruim é quase indo.
E bom é estar de volta.